Aproveitando...

Já que fui mexer nas fotos de 2005, aproveito para deixar uns cliques a mais. A sessão é do lançamento do disco da minha banda Bubble Gum ( hoje quase em extinção). Fizemos a parada no Teatro Zaqueu de Melo e foi muito legal. Os cliques do show são do renomado Cachimbo, os outros são de cameras amadoras de amigos profissionais.
Espero que gostem,
Nanda

That's all folks!

Blondes have more fun!

US of A

Barack Hussein Obama é o novo presidente dos Estados Unidos. O primeiro presidente negro da história do país. Podem falar o que for dos EUA, mas qual país seria capaz de eleger um político com nome árabe? Com Hussein no meio, depois de 11 de setembro? Será que um país muçulmano elegeria um político com sobrenome judeu? Será que Israel iria eleger um político com nome palestino? Será que a China votaria num cara ocidental para governar seu país? Faço minhas as palavras do Pedro Pellegrino abaixo:

"Parabéns Obama, parabéns America. Home de tantos e tantos grandes pensadores, atores, diretores, escritores, poetas, músicos, enfim, de gente que inspira. Tenho dó dos pseudo-político engajados que demonizam a America. Ao invés de criticar um país que produz tanta cultura ( pense: o jazz nasceu lá. o rock também) vão ler Bukowsky, vão assistir Lynch, vão escutar Jonh Coltrane e parem de ser macacos de auditório". 

fonte: http://enforquesenacordadaliberdade.zip.net/

the road we are on...

Yes, everything takes time to heal. 

Time heals it all. 

Got some many plans, great ones the ones

Can't scape from them

Truth and transcendency 

I feel it all

High and the higher, touching enlightment

So far from "status quo" 

Bullshit written down on foreheads

Like cattle

Obey

Follow

No, I won't

We will not

Take no blame

Dismiss other people's looks

They know nothing

Their prejudice is the only way they know to defend their own fears 

Yes, they fear

We are an attack to their minds.

Rise, 

All of us

Rise now

amarga derrota

Acordei chorando. Segurei durante o dia em vários momentos , desabei na minha sala agora. Chorei muito e to afim de chorar muito mais. Nunca tinha experimentado esse sentimento. De derrota. Não nesse nível. Sinto um mix de tudo, mas principalmente raiva das pessoas. De todos. É culpa de todo mundo. Não guentei ver a galera daqui e pensar que eles poderiam ter feito diferença. Uma garota chegou pra mim dizendo que tinha votado e que pena que não deu. Quase desmoronei na frente dela. Vou pra chácara. Agora. To indo. Fico amanhã o dia todo lá. Preciso digerir, mas não to sentindo que vai ser fácil. Para aqueles que se omitiram e que não acreditaram,
VÃO SE FUDER!!
ou aquele mané que viu o link e resolveu dar uma olhadinha pra ver sobre o que se tratava e que também não acreditou:
VAI SE FUDER!!

Bossa Nova, Rock e outras boas.

Tributo á Bossa Nova, que rolou no Valentino, com uma puta banda de músicos bons pra caralho. A Sabrina quem encabeçou, cantou e encantou. Me convidou pra fazer uma música, Garota de Ipanema, e eu topei. Não ensaiamos e eu nunca toquei com essa galera nem cantei bossa. Foi diferente, claro. Bom, um diferente bom. Ouvia a todos, ouvia as nuances da voz, soou bem. Gostei. A Sabrina disse que gostou também. A Malu estava lá, linda de macacão, e fotografou o show e minha participação. Vou postar alguns cliques da minha amiga fotógrafa Malu Nogueira.

the end.

No Sigma. A sonzeira rolou no intervalo das aulas.

Junior, papis e eu na frente. Glics e Rafa, os dois de vermelho, ao lado.



No Show do Road Machine. A festa foi ótima. Chegamos um pouco atrasados, mas deu tudo certo. Parabéns à organização que acertou fazendo um tarde deliciosa na chácara das Palmeiras e aos motoclubes que tem atitude e bom gosto e fazem dessa festa uma confraternização fudida. Machuquei minha mão neste dia. Culpa do panderets (meia-lua) que toquei em quase todas as músicas. Essa foto foi o Alcindo que tirou e escreveu meu nome em chamas.... combinaram com meu chapéu. Valeu Alcindo, valeu todo mundo que tava lá.

Aniversário de 1 ano!

Hoje o blog faz 1 ano. Faz tempo que não escrevo por causa da correria da campanha do Juninho. Estamos a 15 dias da eleição e estou positiva que vamos ganhar, ele será o vereador da cultura e juventude. Domingo passado fizemos o show no Road Machine Fest 3. Ano passado tocamos lá, eu até postei sobre o show no blog. Esse ano foi maior, tocamos mais tempo e foi muito bom. Apesar da falta de ensaio, deu tudo certo. Na terça feira fizemos show no intervalo aqui no sigma e apesar de pouco tempo ( 15 min) conseguimos tremer as paredes com um bom rock. Já na Quarta-feira, minha amiga Sabrina Vargas, fez um show tributo à Bossa Nova no Valentino e eu cantei Garota de Ipanema, participando do evento. Hoje to rouca, como não poderia deixar de ser. No more singing for a while. A gente se esgota, mas a gente guenta.
Sendo assim, voltarei em breve com um pouco mais de frequencia e vigor, mas deixo aqui o registro desses últimos dias no post acima.

Apolítica ou política

Título confuso para uma idéia bastante simples. Política é uma merda. Sempre a mesma coisa.
Discordo. Política é tudo, todo dia em todas as ações que fazemos. Só percebi a globalidade da política quando comecei a estudá-la. De apolítica fui me desenvolvendo para ser uma pessoa política. E hoje participo de uma campanha política. Estamos em plena campanha, mostrando às pessoas nossa capacidade de fazer muito, mas muito melhor do que vem sendo feito. Mesmo. Nosso candidato é o Juninho. O número 13.102 e tenho certeza que seremos eleitos.
Digo isso porque estamos trabalhando com política a 6 anos. Ele está pronto para o jogo. Nós precisamos dele para que nossa idéia (ingenua muitas vezes) prevaleça e nossos projetos sejam aprovados. Queremos ser exemplo, mostrar pra uma pá de gente desacreditada que dá pra fazer e muito, quando se quer. E nós queremos, uf, como nós queremos.
Então, é simples. A equação é essa. 100 ( pessoas que podem ajudar conseguindo votos) x 20 ( número de votos que cada pessoa consegue com certeza) = 2000. Eleitos
Então, peço a vocês que ás vezes passam por aqui votarem e acreditarem em nós.

DIA 05 DE OUTUBRO
13 102
CONFIRMA

JUNINHO IDÉIA CERTA!

PORQUE EU ACREDITO, TU ACREDITAS, NÓS ACREDITAMOS!

Alanis

Ontem assisti na HBO o ao vivo da Celine Dion. Impressionante o teatro, tipo um Municipal do Rio de Janeiro, um palco imenso e cenário, concepção, luz, performance a lá Cirque du Soleil. A mulher é foda. Vai cantar balada bem e ter o timbre perfeito, alcance impensável lá na puta que o pariu. Self assurance do caralho!
Enfim, depois passada a nostalgia inicial e precoce, a digestão disso e a constatação da merda verdadeira é bem vinda. Uffffff!!!
Conversei com três ou quatro pessoas no msn, coisa que nunca faço, e lembrei da música da Alanis que eu adoro.

I can feel so unsexy for someone so beautiful
So unloved for someone so fine
I can feel so boring for someone so interesting
So ignorant for someone of sound mind

" Posso me sentir tão feia, por alguém tão lindo,
tão desamada por alguém tão especial.
Posso me sentir tão desinteressante, por alguém tão interessante
tão ignorante, por alguém tão iluminado".

Video do show !

O Junior postou no youtube um video do bubble gum no festival demo sul.

Taí a gente, primeira banda da noite de sábado do demo sul 2005. Foi legal! Sem sustos, preparado. Gostei de ver!

Sobre hoje.

Puta noite legal hoje. Do jeito que eu gosto. Conheci a Liz, o Fernando e o Oleno. Gente boa, fina, não é toda hora. Minha mãe me deu o hook dessa galera e fomos nos encontrar pra umas cervejas. Sabe quando vc fica horas tomando cerveja e nem sente a bebedeira e o papo não se esgota nunca, pelo contrário só fica melhor? Na saída eu dizia que poderia ficar a noite toda tomando e conversando com eles. Pra isso minha disposição sobra. Delícia. E a mamma junto então? Priceless. Nessa vida vejo que todos estão na mesma. A gente é um bando de ser pensante insatisfeito com tudo. Procuramos agulha num palheiro. Amigas buscam amor em balcão de bar, amigos que querem se espiritualizar tomando daime. Eu tentando pensar em soluções saudáveis entre uma baforada e outra. Todo mundo tá no mesmo barco. T O D O S!! O que podemos fazer é continuar. Um dia depois do outro e tudo de novo repetidamente. Fazer o que precisamos fazer da maneira que podemos. Isso já ta certo. Missão cumprida. Priceless

Selector

Aqui estou selecionando musicas para essa quinta-feira. Fui convidada para discotecar. O mais legal disso é que tudo pra mim surge do mesmo modo como essa idéia de discotecagem. Alguém me diz que eu deveria fazer isso, ou aquilo. Quando desfilei foi assim. Fui parada por uma louca que disse que eu tinha que fazer o desfile, que eu tinha altura, que era linda e bla bla bla. Eu sou daquelas que não perde uma oportunidade para experienciar. Depois foi o lance de cantar. Meus amigos, na verdade mais o Sidão, me falavam que eu deveria cantar, que tinha voz e coisa e tal. Agora, eu fui chamada pra discotecar. O lance veio depois de eu ter feito 3 coletâneas para outros eventos e a galera ter vindo elogiar a seleção. O Sapão já me falava e de repente rolou o convite. Taí. Vou preparando uma seleção bem legal e esperando ansiosa minha estréia.
Eis aqui as informações da balada:

Quinta-feira às 22:00 h.
Strettos Pub - na Av. Jk 472
Show: Especial do Rage Against the Machine com o Grind Control
e discotecagem dessa garota que vos fala.

Quem puder ir, é só piar por lá.

Tudo bem.

Tudo bem. Depois do esporro no meu último post achei bom dizer que ta tudo bem. Lendo, me pareceu bem pior do que na verdade era. A gente exagera um pouco. Eu, pelo menos. A vida é tão difícil, cheia de pequenos grandes dramas que me deixa revoltada. Por que inventamos essa sociedade? Nela, as pessoas não estão felizes, não buscam o que verdadeiramente importa, não se sentem plenas. Falo de algumas pessoas, sabendo que sempre tem algum mané que acredita nesse sistema castrador da essência humana. Aqueles que acreditam no sonho americano, os que serão felizes quando tiverem uma casa no Alphaville, dois carros zero km, viagem para Disney todo ano e uma penca de filho mimado que tem medo de tudo e vive numa bola de vidro, protegidos. Não sei, mas não vejo as pessoas "evoluindo", desenvolvendo a humanidade. Ao contrário. Um filme que assisti recentemente me fez perceber que estamos andando pra trás. Não sei o título em português. Em inglês é Idiocracy, que seria Idiocracia. Tem dias que você nem percebe quanto tudo isso te fere. Tem outros que as coisas ficam pesadas e difíceis. Aí você explode. Você tem que.

Music Box

foda o que ta acontecendo nessas últimas semanas. faz tempo que não escrevo aqui justamente por não ter cabeça pra digerir tanta coisa. não sei quanto tempo ainda aguento. me questiono frequentemente se vale a pena pagar o preço que toda essa putaria custa. as vezes lembro quando eu tava dura, quebrada, sem carreira nem perspectiva, mas melhor que agora. queria escrever para me surpreender estar à altura do que leio, mas não acho as palavras certas cansei de esperar a impossibilidade deste gênio então toco com força para tocar meus espantos fiz uma letrinha pra um rock "voce sabe eu eu sei que a angustia é geral essas regras não criamos e a sociedade nos cansa posso fugir e ir morar no campo mas ovelhinhas e cabras vão me tirar o sono refrão por isso eu pogo por isso eu grito assim eu libero o ruim que o mundo inspira em mim e juntos esse exorcismo se torna mais forte é nosso protesto, nossa maneira de seguir em frente os codigos de conduta não me cabem, to cansada de ser apontada na rua pelas tiazinhas casadas que de tão infelizes se entopem com novelas da globo e receitas elas têm inveja de não serem livres por isso eu pogo por isso eu grito" outra ideia "já não sei quantas vezes eu tentei te dizer mas eu sempre engasgo quando eu vejo você hoje eu to armada e o conhaque vai me ajudar hoje é tudo ou nada hoje eu vou te falar bla bla bla bla I love you bla bla bla bla I love you" mais outro esboço "quem mais poderia ser tão grande sua vida me emociona sua trajetoria é digna de filme voce me inspira, pudera ser como voce por algum tempo eu não te vi meu egoismo juvenil me cegou sei que voce compreende sem rancor minha admiração é infinita tento compara-lo, é impossivel nunca vi ninguem igual a voce porque, porque tenho medo de te perder, o mundo vai ficar pior sua referencia ausente minha esperança enfraquecer sua vida pra sempre um legado seu nome dito com orgulho pra sempre, nas gerações futuras pra sempre, em nosso pensamento"

Presente fotográfico para Londrina!

Galera! O Rei Santos, baixista e vocalista da lendária banda Hard Money, fotógrafo e amigo meu teve a bela iniciativa de fazer esse trabalho. Vale a pena conferir. Me deu o privilégio de estar entre as bandas homenageadas pelas fotos que ele tirou.

Para acessar o trabalho completo, eis aqui o link:

http://www.orkut.com/AlbumZoom.aspx?uid=16034478430140427233&aid=1204547254&pid=1209755738419

the most of it all...

O mais, o cume, que há de melhor que tudo pode te oferecer, pode e quase sempre (a vida te mostra isso) virá dos pequenos grandes momentos. Aqueles que te pegam desprevinidas as 8 horas da noite entre uma cerveja e outra. Ideal é trocar idéia, refletir em baixos decibéis, estar entre pessoas, como agora.
- Acabou aquele bequinho?
- Bola outro
- Toca aquela da Aretha de novo...
- Aquela é linda!
-É... eu sou bem feliz aqui

Ela disse que era feliz e eu acreditei
Eu também sou... as vezes.

32!!!!!

Então tá! 32 anos vividos intensamente, até agora. O mais legal de tudo é ser querido entre a galera que te importa. E eu sou. Esse último mês foi excelente em todos os aspectos. Mudança em todos âmbitos. Pesa mais o que vale mais. Estou feliz de transbordar!!!! Sei que esse estado de felicidade plena é momentâneo e logo acaba. Claro, pois não há estado de felicidade sem o estado de tristeza. Para haver o branco tem que ter o preto. Yin e yang, saca?
Adoro fazer aniversário. E não costumava fazer festa, comemorar. De agora em diante vou fazer todo ano uma festa "quebra-tudo". Daquelas pra não sobrar uma garrafa de nada, das que você acorda no dia seguinte e se depara com nêgo dormindo pela sala, pelo chão, no banheiro. Das boas.

De quando eu era hippie

Minha emancipação aconteceu aos 19 anos. Estava dando aulas de inglês e tinha me mudado para um apartamento com minha amiga Julia. A vida era boa. Trabalho e bar, não necessariamente nessa ordem. O desapego com o status quo trilhava minha vida. Usava saia indiana, chinelo de dedo, blusa de tirinha e tinha um arsenal de pinduricos de semente. A vida era boa. Conheci o Junior nessa época e a identificação foi explosiva. Quando a Julia foi para Sao Francisco encontramos o lugar ideal para chamar de nosso lar. Mudamos para a Chacara, que era na estrada do Emaus. Eram 3000 metros quadrados de mato, como queriamos. Arrumamos umas galinhas e montamos uma granja. Eu só saia de lá, desse exílio volutário, para dar minhas aulas que supriam nossa pouca necessidade de consumo e pro centro eu ia com nosso fusca vinho, o nabata (o porque desse nome é outra estória). Junior tocava nossos negócios caipiras. Colocamos uma placa no portão da chácara que dizia: Vende-se ovos , frango e queijo. As galinhas da granja botavam ovos, Jr matava as que não botavam para comer e vender. Eu não assistia ao assassinato das pobrezinhas, não tinha coragem. Ás vezes inevitavelmente via de relance uma sendo depenada e limpa. Me dava calafrios. Já as galinhas caipiras não comiamos. Elas ficavam circulando livremente e me seguiam, não por gostarem de mim, mas era eu quem dava os restos de comida que sobrava e isso elas aprenderam rapidinho. Onde eu ia, as galinhas iam atras. Elas, as caipiras, faziam seus ninhos no mato, mas nunca nenhum ovo conseguiu vingar pois sempre tinha um lagarto por perto que se deliciava com aqueles ovinhos tão delicados. Era dito e feito. A gente ouvia a galinha "berrando", desesperada e já saíamos com o facão na mão prontos para defender a moradora caipira daquele sitio que gritava por ajuda. Em vão. O danado do lagarto sempre se safou. O queijo, era feito do leite da malhadinha. Malhadinha, nada original, era a vaquinha que descolamos. Ela veio premiada, ou seja, com um bezerrinho a tira colo. Claro, vaca com bezerrinho, tem leite. A noite, o Jr separava o bezerro do úbero de sua mãe e o leite se acumulava para que na manhã seguinte a gente se esbaldasse com o quentinho, fresquinho leitinho da malhadinha. Então o queijo era só mais uma técnica rural para dominarmos. E deu certo. A vaca tinha outra utilidade, os cogumelos alucinógenos cresciam na bosta dela. É, e para que ficassem maiores a gente ainda regava, tipo cultivando, sacou bicho? Tinhamos uma horta e várias árvores frutíferas: tangerina, pitanga, manga. Não pagávamos conta de sanepar, a água era do poço. A fatura de luz vinha míseros 20 reais, por ser área rural e olha que a banda do Jr, Elite Nativa, ainda ensaiava no quarto extra que tinha na casa. E a energia supria todo som que eles faziam lá. Seria barulho? E havia os galos... ah, os galos. Eram dois: o ruivo e o preto. O preto ficava preso e o ruivo solto. A gente imaginou que não haveria briga dessa maneira. Um preso dentro da granja, senhor das galinhas brancas. O ruivo fora, senhor das galinhas caipiras. Doce ilusão. Um matou o outro pela tela de galinheiro. A necessidade de brigar era maior que qualquer coisa. Coisa de galo. Em meio essa fauna, tinha ela, a Ganja. Um pastor alemão fêmea que desde pequena vivia conosco na chácara. A cachorra mais esperta que eu já vi em minha vida, e não é só porque era minha não. Mais tarde roubaram ela ... mas essa é outra estoria. A vida era boa. Passavamos as horas ociosas fumando erva, alucinando e ouvindo muito som hippie: Mutantes, Secos e Molhados, Grateful Dead, Janis Joplin, Jimmi Hendrix, os gurus. Compramos uma vez uma daquelas piscininhas de criança, manja? Voltando de uma festa uma madrugada, ao virarmos o carro em direção ao portão da chácara flagramos uma cena surreal que nos fez pensar ter tomado alucinógeno em excesso. A vaca, a malhadinha, estava simplesmente sentada na piscina de 2x2, aparentemente se refrescando. Vaca na piscina. Mucho loco bixo! O dias nessa época passavam lentamente, intensamente. A gente prestava atenção nas folhas, no céu, na estrelas, nos barulhinhos do mato. A vida era boa.

AAAAARRRRRGGGGGG!!!!!

Tem gente que não se enxerga. Fico pensando como essas pessoas conseguem conviver com outras. Ou melhor, como as outras as aturam? Masoquismo?
Que acontece na cabeça de um ser que mesmo insatisfeito aceita sua condição sem luta?
Vai entender essas coisas...
Tem gente que não se enxerga e tem também gente que apenas não enxerga.

Insisto...

O que faz ele ser ele e eu ser eu.
Ele consegue transcender tudo que você pensou que pudesse ler, a forma, o sarcasmo, a critica, o estilo, ta tudo ali. A qualidade do cara é indubitável . Eu o admiro. Existem alguns deles, mas são raros.
Eu, eu me faço de panaca. Pago pau. Isso que dá. Já era pra ter aprendido. Ele é intransponível, sacou?
Ele fala sobre como os modestos são na verdade hipócritas e como os "não modestos" estão pelo menos sendo verdadeiros. Ser verdadeiro, ser ver-da-dei-ro, é isso.
O cara recebe um elogio e esnoba o que vc diz. Não suporta ter alguém que o ache genial. Não entendo. Porque então posta em um blog na rede? Vaidade? Não, ele não tem vaidade. Ser um outsider deprimido cai muito melhor que ser uma referência.
Foda-se. To cansada demais e velha demais pra aguentar firulas desse tipo. Não tenho nada a perder. Mesmo. Vou até o último limite buscando qualquer coisa que inspire. Acredito. Me faz bem. Mas cai bem não se manifestar quanto a seu entusiasmo. Hoje em dia é assim...
Viva os blasés!

Deus me livre!!!

A foto aí em cima é emblemática. "Deus é fiel" sobre a bandeira brasileira, é este o desejo deles, estender sobre o país seus lemas furados. Deus é fiel! Deus não foi fiel com o garoto Victor arrastado pelas ruas do Rio de Janeiro. Deus está sendo fidelíssimo com Paulo Maluf, Collor, Hugo Chaves, com os Bush, coma familia real britânica... Deus não foi fiel com os inqiuilinos do World Trade Center, mas mostra-se fiel para com Osama Bin Laden e seus asseclas.
Esta coletivização de deus me parece um embuste contábil. Todo homem tem direito a um deus individual, único. Eu criei meu proprio deus e não divido com ninguém. Meu deus não está a venda.
Não tenho absolutamente nada de pessoal contra os evangélicos, desde que eles fiquem lá ajoelhadinhos em suas igrejas, o mesmo vale para os carismáticos, católicos, espíritas e fãs do Roupa Nova, mas ao que tudo indica o futuro está nas mãos deles.
Os evangélicos e religiosos em geral, mas em especial evangélicos e católicos travam uma guerra silenciosa por nossas cabeças. Eles já monopolizam as rede de rádios, estão invadindo as tvs, jornais, a câmara de vereadores, a assembléia legislativa... o congresso nacional está emtupido deles. E o que eles querem? Uma nação cristã! E que diabos é uma nação cristã? Na opinião deles é uma nação sem gays, lésbicas, sem prazer, sem sexo oral, sem bares, sem cerveja, sem debate de idéias, sem “prostitutas bonitas pra gente namorar”, sem bons livros, filmes, música... um mundo incolor. Por que incolor? Para que todos possam então voltar seus olhos pro céu, o futuro!
Em Londrina eles praticamente venceram. Vão aprovar a tal Lei Seca! Mas sei que eles estão atuantes em todo o país. São milhões de consumidores que não podem ser maltradados pelo comércio, indústria, entretenimento e claro, pelos políticos. E porque eles tem tanto poder? Porque eles, difentes de nós, simples mortais semi-ateus, temos que pagar impostos, já eles, felizardos de cristo, sonegadores autorizados, podem arrecadar milhóes sem a obrigação de contribuir com um único centavo para o país que eles querem governar! Eis a face destes cristãos oportunistas.
O futuro é cristão. Não aquele tipo de cristão que ama ao proximo e toma vinho com os amigos, mas aquele cristianismo medieval, teocentrista, assexuado, agrafo, atonal, insípido, incolor e inodoro.
Eles estao em toda parte, com suas bandas de hip hop, funk, rock, pop, sertanejo, erudito, blues, gospel o diabo! Logo eles estarão nas novelas, nos filmes, nos programas de auditório, nos livros, no teatro, no cinema, eles é que dirão o que eu posso ou não ver, ler, escrever, dizer e pensar... chegará o momento em que eles conseguirão expandir seus tentáculos pegajosos para todos os cantos, até chegar ao ponto de se estabelecer o tráfico de bons livros, filmes, música, até que se torne necessário a criação de uma máfia que talvez um dia cresça e tome finalmente o poder.
Não tenho absolutamente nada contra os evangélicos e cristãos em geral, até porque já não adianta nada.

Este post copiei do blog do Márcio Américo, londrinense, escritor.

Taí o link para o blog dele, que é du caralho.

http://www.meninosdekichute.zip.net/

Achei perfeito. É isso aí, mas diferentemente do Márcio eu me incomodo muito e tenho tudo contra. Não entendo. Nos dez mandamentos há um que diz ser proibido usar o nome de Deus em vão. E o que seria isso senão o uso indiscriminado do nome "Dele"? (sorria, deus esta te filmando). Deveria ser crime religiosos arrecadarem dinheiro, proibido a vida política para religiosos. Pelo amor de Deus, igreja e estado não devem andar juntos. Crime fazer marketing de crenças religiosas (NÃO a programas de Tv e rádio, anúncios no jornal etc...). Desse modo, as pessoas que buscam espiritualidade em alguma religião simplesmente procurariam a que mais as agradassem e ficariam lá, sem incomodar a ninguém.

A gente agradece.

Saudades

to com saudades de você nem sei porque
quando estou contigo pareço não perceber
que um dia vou ficar com saudades de você

Dias de Janeiro

(adaptação da canção de Otto)



Dias de Janeiro, chove demais

Dias de Janeiro, olha como faz



Eu amo você

Amo você

Eu sei que isso é o certo,

Amo você demais

De volta em 2008

É! Abandonei o Put it in. Só por uns tempos. Sabe como é, fim de ano loucureira, festival demo sul, uma porrada de provas na universidade, mil trabalhos atrasadíssimos para entregar, uma penca de pendências no trabalho (sabe aquelas que você vai adiando, mas sabe que uma hora tem que encarar?), a Julie recém chegada da Zoropa, uf!! Não dei conta, confesso. Já não sou uma blogueira muito assídua, diferente de como gostaria de ser. Mas... Então estamos já em 2008. Na verdade sinto sim uma esperança repaginada. Esperança e fé no caminho que estou percorrendo, nos planos que tenho e em todas as pessoas com quem convivo. 2007 foi um ano fodal para mim. Tive que pôr o "pau na mesa" e brigar por um monte de merda que acontecia. Machuquei uma porrada de gente e fui esfolada também. É que não dá, sabe? Não dá pra ver a merda e ficar sorrindo, tipo "tudo bem". No decorrer das pequenas ou grandes batalhas da vida, perdemos um pouco de entusiasmo com tudo, tesão mesmo. Parece que nada tem jeito e que tudo é verdadeiramente uma grande bosta. E talvez até seja, mas prefiro acreditar que não. Um pouco antes da virada do ano, fiz um retiro na Chácara Zéfer e sozinha pude pensar em tudo isso. Voltei mais forte que nunca. Pronta pra mais um. Que vengan niñita !!! Que vengan!!!