24 de set. de 2007

Nina Simone: Here Comes the Sun

Freakin out

Mal humor, indisposição. E eu que tava numa puta onda de otimismo. As vezes fica muito difícil continuar. Hoje é um desses dias. Logo logo vai passar. Mas hoje nada vai conseguir mudar. Nem o sorriso dele, nem meu sorvete preferido, nem a ligação da minha irmã. Nada. Escutar Nina Simone em vinil, talvez. Um copo de whiskey pra acompanhar. Talvez.

21 de set. de 2007

Fashion Pé Vermelho

Ontem fui ao desfile da Basic, que aconteceu no Catuai. Uma amiga minha, Nina, é estilista da marca e por sinal criativíssima e descoladíssima. Chegando ao evento uma fila enorme à frente. Que saco. Calor insuportável. Que saco. Finalmente a produção se ligou e deixou a galera entrar e tomar seus assentos. Como eles vendem mais ingressos que o lugar comporta, a situação era caótica. Muita gente em pé bloqueando a visão dos que estavam atrás, empurra-empurra, bate boca e encheção de saco. Nessa hora quase que desisti, mas para ver a criação da Nina, valeria a pena. As roupas estavam lindas, todas destacando os naipes do baralho, tema da coleção. De repente entra um "modelo" e todos começam a gritar histericamente e acenar como loucos para o "meio sem graça" garoto. Pergunto: "Quem é? Porque estão todos gritando?" e a mocinha ao lado me diz: "É o fulano de tal, o sicraninho da novela tal". Fico na mesma. Não assisto novelas. Aí saquei tudo. A grande maioria estava lá pra ver o tal fulaninho, tirar fotos dele e tietar. Por isso, o evento estava lotado, sold out. Volto pra casa meio surda, meio desapontada com a constatação de que infelizmente ninguém tava nem ai para coleção nenhuma, criação de nada não. A galera vai mesmo é pra ver o sicraninho, a fulaninha, e etc e tal. Puta que pariu !! As vezes é foda, as vezes é tudo muito foda.

19 de set. de 2007

O "outro"

A Antropologia, estudo do homem e suas culturas, começou a desenvolver-se no século XXVIII. A época não poderia ser mais propícia. As nações européias expandiam-se formando colônias na Africa, nas Americas e em outras regiões. O encontro com os povos que ali habitavam foi crucial para o start de uma reflexão sobre os costumes, regras sociais e toda gama de cultura de populações que eram diferentes da então Europa "civilizada". O estranhamento por parte dos europeus foi óbvio. Não era possível viajar para outro país em 8 horas por R$900,00. A idéia que aquele povo tinha dos habitantes de outro hemisfério era carregada de misticismo e fantasia. Mas claro que quase sempre sob a ótica de olhar o outro, o diferente, o percebendo como errado, atrasado, primitivo. É aquilo que a Antropologia chama de etnocentrismo. Achar que sua cultura, seus modos são certos e os do outro são estranhos, bizarros. Daí a necessidade de pensar uma ciência, o desenvolvimento de uma área de conhecimento, que aborda o homem e suas diferenças e semelhanças. Perceber hoje, século XXI,a globalização, o contato direto que temos com outras culturas, a informação via web, temos uma melhor noção da cultura de outros povos (como a dos chineses, indianos, holandeses, mexicanos,...) . Não há o "outro" mistificado em nosso planeta. As pessoas não mais percebem uma outra cultura da mesma forma. Exploramos as fronteiras. Não existe uma região, como acreditavam as pessoas 2 séculos atrás, onde as pessoas acreditam ser possivel encontrar um ser humano com duas cabeças, pele verde, nadadeiras ao invés de braços, e esquisitices desse gênero. Essa crença fantasiosa se explicava no impulso natural de desumanizar o "outro", o desconhecido. Muito bem. Então, como explicar a crença que alguns tem de que existem seres desconhecidos, de outros planetas, que são verdes, tem nadadeiras e falam outros idiomas, chamados por nós de seres extraterrestres, ovnis, ETs? A respostas aparece fácil. Encontro justificativa na necessidade que temos de nos afirmar em nossa própria cultura, em nosso meio social, e de perpertuá-la. Desumanizando o "outro" nos tornamos mais humanos. Eu não acredito em ETs e ninguém me convencerá o contrário.

17 de set. de 2007

just another day
lost forever, in the array of days
which go by so fast
the ones you can't go back to
the ones you miss most
victoria and the railroad
misty, cold, impenetrable
ghosts are all around her
but she doesn't mind

Estréia!

Put It In tá na área galera!! Tinha que ser uma segunda-feira. Dia mundial de resoluções do tipo começar regime, não faltar nenhum dia na academia, começar aquele livro, ser mais positiva, beber menos, fumar menos, ish, esse filme já conheço. Bem sei que chega na quarta já fico bem felizinha de ter conseguido com esmero fazer tudo isso e na quinta já me permito não ir na academia, tomar umas cervejas no buteco do português, fumar um montão, voltar tarde e acordar no dia seguinte me sentindo super mal por ter saído do esquema. É sempre assim, pelo menos eu sou assim. Começo com tudo, 100 por hora, interesse total, penso e respiro o que quer que esteja me apaixonando no momento. Já no segundo round diminuo a velocidade, percebo que de fato não é assim tãããããããão apaixonante e a hora que vejo já estou achando uma grande bobagem, não entendo o que que eu vi naquilo pra achar tão legal e paro de vez. Sou igual a um "cavalo paraguaio" como diria minha mãe. Analogias a parte, é bem isso. Vida longa ao Put It In !! Ou que seja boa enquanto dure. Há!