16 de dez. de 2010

Consolo





E EU ESTAVA LÁ ...

4 de dez. de 2010

beleza

sábado, 04 de dezembro

ontem eu olhei pra você e não me vi... não me reconheci em você. era como se toda a frustação de anos se imprimisse num só olhar, de desespero.
a carga da vida fica, a cada ano, mais pesada.
cabe a cada um de nós mastigá-la bem e digeri-la da maneira mais leve possível.
inventamos o outro como queriamos que ele fosse e esquecemos de aceitá-lo como ele é. criamos expectativas que não podem ser realizadas.

ontem eu duvidei. de nós. não consegui pensar no que viria depois. me pareceu que a muito tempo estamos no mesmo lugar. a estoria se repete e não andamos pra frente.

hoje só quero ouvir a chuva e ficar quieta, muda.
preciso de um retiro para me ouvir, me cuidar.
hoje eu não quero nada, nem ninguém.

29 de nov. de 2010

a chapa ta quente

e vai ficar pior.
guerra no Rio, 40 mil homens das forças armadas afugentando toda a bandidagem do morro que, assim que a poeira baixar, vai voltar a seus postos. As UPPs (unidade de policia pacificadora) até que funcionam, mas precisaria de centenas delas para ter efeito significativo.
agora, o cara que gosta de fumar um baseado no rio se fudeu. o que deveria ser feito então?
legalize já. toda e qualquer substância psicotrópica. se já tem a drugstore vendendo uma gama enorme de drogas pesadas, porque não incluir o canabis, cocaina, heroina, etc.. etc...
o brasil quer mostrar serviço para a gringaiada que tá preocupada com a copa do mundo, as olimpiadas... socorro brasilônia!
tomara que essa medida ofensiva de caça aos bandidos não fique só em uma ação isolada, pra gringo ver, mas que seja um plano de incluir o estado em favelas e prestar serviços a estas comunidades.

23 de nov. de 2010

vida x morte

o momento é inoportuno.
a vida é ... sempre ...
mas este poema da Luana Vignon é du caralho...

Eu quero que chova

Eu imagino a morte como uma goteira

porque a ausência é um barulho

que demora a cessar

e não seca

Eu quero que sempre chova

nos dias tristes

porque eu gosto de emoldurar algumas emoções

como aquele amigo entrando na sala

com uma capa de chuva

molhando todo chão

que eu acabei de secar

(cumplicidade é quando um olhar não existe sem o outro)

Eu imagino a morte como uma goteira

porque mesmo depois que a chuva passa

a gente se lembra dela

e os guarda-chuvas são inúteis

e a dor é um tanto pequena

mas é constante

o contrário da cumplicidade é o esquecimento

19 de nov. de 2010

Felicidade!!

Oliver, bacuri dourado!
Seja bem vindo!
You are a bundle of joy para a madrinha,
sua chegada é por demais comemorada por todos nós.
Viva!


9 de nov. de 2010

Triste

"Gosto muito de falar sobre absolutamente nada. Antes, criança ainda, diziam-me “és triste” e sentia-me mal. Era aquele mal-estar que sentimos quando estamos no lobby de um hotel cercado de turistas. Hoje sou compatível com a minha tristeza"

bonito isso.
foi esse cara quem escreveu
http://douglaskim.blogspot.com/

booze

queria tomar umas hoje. ontem tomei uma garrafa de cava.
hoje quero de novo.
quanto mais tem, mais quer.
se fica um tempo sem, nem tanta falta faz.
phoda.
ta chovendo pra caralho e o som da agua batendo na telha é insurdecedor.

encerrei o expediente e já posso me mandar.
não tenho guarda chuva e meu sapato vai molhar.
quero ligar pra alguém mas não tenho crédito.
quero sair daqui, a chuva ta piorando.

pra onde, fazer o que?

booze.

23 de out. de 2010

Pensamentos

Hoje, as 09:00 hrs da manhã, acordei com o ruído da motoserra da prefeitura que destruía uma árvore em frente a casa do meu vizinho. Puta que pariu, não dá para programar a poda para 3 da tarde de uma terça-feira? E outra, que mania de destruir as árvores... os comerciantes mandam podar porque dizem atrapalhar a fachada. É que hoje em dia tudo é muito "clean". Acho uma merda. Tudo muito esterelizado, plastificado, estéril. Não gosto da maneira que o mundo está mudando. Por isso até pensei em adiar a idéia de ter filhos. Antes, década de 60,70, a galera vislumbrava um mundo melhor. O boom da cultura, música, da democracia, da livre expressão, prometia uma sociedade que "seguiria", por assim, dizer, esses ideais. Mas, hoje... qual ideal que há, qual promessa, o que há no futuro?

Estamos a 1 semana do segundo turno da eleição presidencial. Me dá nojo de ver o tipo e debate que ainda é causa para polêmica. O aborto. Não há mais dúvidas que não é questão moral, mas sim de saúde pública. Se a mulher não quer ter o filho, por QUALQUER motivo que ela tenha, provavelmente achará uma maneira de interromper a gravidez. De um jeito ou de outro. Milhares morrem em consequencia de um aborto mal realizado. Então, não tem discussão. Deixem as interpretações religiosas de lado e cuidem dessas senhoritas. Não vem a calhar discutir o momento que a vida surge, o sexo dos anjos e coisas desse tipo. Paremos agora de perder tempo com debates que não levam a nada. O que é real e acontece toda hora é a venda ilegal de medicamentos abortivos, médicos que praticam aborto na surdina a preços altíssimos e isso torna o aborto uma opção para os mais abastados. Quer dizer, a moça pobre que engravida sem querer de um traste e não quer ter o filho, se fudeu. Tá fadada a parir e criar um filho não desejado.
Não estou aqui falando que a mãe não vai passar a amar a criança e coisas do tipo. Sentimentalismo a parte, temos que ver a questão nua e crua, como é.

Pois então, são por essas e outras que minha decepção com a humanidade é tão grande que não sei o que fazer com ela, não sei o que fazer com a angústia que isso tudo me gera.

Pensamentos são só pensamentos, não levam a lugar nenhum, não mudam... precisa é tranforma-lo em ação.

É. Não tá fácil.

26 de set. de 2010

domingo de chuva

acordei e escutei a chuva caindo. fina, mas constante. era 8 horas. aqui na chácara o ritmo é como no sítio. acordo cedo, durmo cedo. esquentei água e fiz um capuccino. enquanto assistia os tropeiros que fazem queijos no "globo rural" pensava em como foi bom ter chovido, finalmente, neste domingo em especial. este é pra mim mais especial. o por que? simples. a partir de amanhã eu começo a desintoxicação. do que? desintoxicação de tudo. de hábitos, na maior parte. hábitos de pensamento.

escuto, do quarto, a corrida de F1 na tv e lembro das manhãs de domingo na minha casa quando tinha 14 anos. acordar ao som da F1 era típico das manhãs de domingo. meu pai ficava enrolado naquele cobertor branco e preto dele, tomando café enquanto o zumbido dos motores me despertavam. era gostoso acordar a esse som. me trazia uma sensação gostosa. sensação de família. eu iria pra sala, me encostava no cobertor e ficava assistindo com ele, com aquele formigamento gostoso de quem acabou de acordar. logo vinha minha irmã, meu irmão. a mamma trazia leite com chocolate morno. uma delícia. um pouco disso e já voltava pra cama, ficava revirando meus pensamentos... a incrível ótica de quem tem 14 anos e tem um saco cheio de sonho pra sonhar.

e hoje, pensando bem, não mudou muita coisa. vinte anos se passaram e me sinto da mesma forma. alguns sonhos destruídos, mas outros construídos no lugar. mas, a sensação de nostalgia, que a garota de 14 anos experimentava, eu experiencio também.
melhor assim.

então penso, repenso e entendo o que não gosto na minha vida. os caminhos que tenho escolhido. os acertos e os erros. penso no nocivo. tenho estado angustiada e revirado muita coisa por dentro. por isso, este domingo de chuva e reflexão, me está preparando, física e mentalmente, para o próximo dia, semana, mês, que - a partir de então - sei que estarei em uma nova etapa de vida. é a minha iniciação em uma nova filosofia.

- chove chuva, chove tudo que tem que chover e lava bem lavadinho o fundo da minha alma.

17 de set. de 2010

Europa

Depois do retorno, fiquei com o gosto da Europa na boca. Aquilo que percebia aqui, sobrepunha às situações que vivi e possibilidades que enxerguei serem possíves se eu morasse lá. Seria bom, morar lá. A convivência com a humanidade fica mais fácil. Lá, as pessoas cuidam de suas vidas, respeitam o espaço alheio, são informadas (em sua maioria), apreciam a diversidade. Há um despreendimento no ar, como se todos quisessem o silêncio, as pessoas falam mais baixo, rola um relaxamento, um despreendimento em relação à coisas que no Brasil são tão valorizadas. É como se fossem antigos e, paradoxalmente, muito modernos. Não são consumidores vorazes de qualquer coisa que está na moda. Lá não tem muito isso que tá na moda. O legal é ser individual. Isso é respeitado. Aqui em Londrina, tá na moda colocar um adesivo no carro que ilustra os membros da família. O papai, a mamãe, o filhinho e a filhinha (um casal, que perfeito!), todos de mãos dadas. Alguns destes adesivos têm o seguinte dizer, "família feliz". Aí, tá na moda, todo mundo coloca em seu carro o tal adesivo. O diferente choca aqui em Londrina. Lá é cultuado. A tal "frieza" defendida por leigos acerca dos alemães, diz respeito à característica daquele povo de: não ser bisbilhoteiro sobre a vida dos outros, não ver ameaça na diferença de religião, cor, opção sexual, ao culto à individualidade e a identidade própria. Não ter MEDO do desconhecido. É tão bom andar pelas ruas, do jeito que for e saber que não será medido, dos pés às cabeças e ridicularizado se não estiver nos padrões do que o povinho gosta de chamar de normal. Como se soubesse alguma coisa do que é certo e o que é errado, como se existisse uma definição absoluta. Eu tenho vergonha dessa gentinha, que usa adjetivos preconceituosos para chamar os outros, aqueles que não pensam duas vezes em taxar alguém de maconheiro, puta, maloqueiro, louco, ah não, louco é o pior, é onde mais a galera erra, erra feio. chamar de louco quer dizer o que?

Por isso e por outras que sinto falta de andar pelas Straats de Berlim de bicicleta velha, sem marcha, com meu marido rasta e barbudo, de vestido de chita, descalça e borrada e me sentir inclusa. Sem a preocupação de se alguém me encontrar pode achar que sou louca, que não sou séria (isso acontece no trabalho MUITO!!). Sinto falta sim, de sentar em um parque embaixo de uma árvore, sacar da bolsa um sanduiche e me deliciar deitada num pano estendido na grama vendo o quanto é rico o meio no qual a diferença é a máxima. Eu a festejo. Ela é o combustível para o desenvolvimento da humanidade. Desenvolvimento? Não acredito que falei isso.

Por fim, eu só queria estar lá... um pouquinho mais.

Hit me with music

Mr. Marley said:

" One good thing about music (is that) when it hits you,
you feel no pain.
So hit me with music,
hit me with music"


Música é tudo. Tudo.
Principalmente o ouvir. Se deixar envolver.
Não conheço sensação melhor.
Nem mesmo sexo é tão bom!

31 de ago. de 2010

Os soterrados no Chile

É notícia em todo mundo a situação de 33 mineiros no Chile. Eles estão presos a 700 metros de profundidade após acidente em mina de cobre e ouro. Há quase 30 dias estão em um ambiente sem luz, com pouca comida, confinados. Uma sonda leva água, comida, remédio a estes homens, que se tudo der certo, serão resgatados em um prazo de 100 dias.
Que o corrupto órgão do governo chileno tenha liberado licença de funcionamento para a mina quando esta não apresentava condições básicas para funcionar, me parece previsível. Que além disso o governo chileno tenha montado um "circo" em volta do local acomodando as famílias das vítimas e construído um palco que receberá atrações musicais eu ainda consigo conceber como a impressão da desgraça humana submetida a governos perigosos. Mas, pensar a tragédia como modo de analisar a loucura, depressão, catatonismo gerado pelo confinamento, me parece ultrajante demais.
Se fosse o presidente, ou mesmo os altos cargos de órgãos públicos (como o filho da puta que liberou o funcionamento da mina) certamente que não seriam eles, as cobaias de tamanha sacanagem. Talvez o tempo de socorro seria menor, talvez não montassem o palco do lado de fora, talvez eles pudessem ter uma chance de sobreviver. Pobres trabalhadores. Ratos de laboratório, cobaias circuntanciais.
Torço para que eles não pirem, torço para sairem dessa. Assim podem ao sair, escrever suas biografias, relatando momentos de aflição e desespero e vender milhões, aos sanguinários voyers espectadores.

30 de ago. de 2010

25 de ago. de 2010

23 de ago. de 2010

Praga



"Eles só estavam esperando anoitecer
e eu ali no topo da cidade, pronta pra me defender.
Já podia escutá-los.
Petrificados, adornando os edificios,
Carregando seu destino ao longo do séculos.

Diz a lenda que eles foram amaldiçoados.
Que têm um quê de triste, de desespero.
Quando cai a noite saem ... buscam ...
Eu vou ficar no topo. Vou esperá-los.
Não tenho medo.

Já se passaram algumas horas e percebi que havia estado lá tempo demais.
Acho que os intimidei.
Cansei de esperá-los, vou dormir.
Quando tentei abrir a porta de acesso ao edifício, estava trancada.
O interfone de comunicação com a portaria não funcionava.
Pronto! São eles... Vou passar a noite no topo, eles vão me pegar... me levar para a escuridão...
Medo, desespero.

Alguém passava e me ouviu bater na porta. Chamaram a recepção e consegui entrar.

Fechei a cortina do quarto e me cobri.
Ainda podia senti-los, lá fora, aquele ruído ... "



Yo no creo en brujas
Pero que las hay, las hay.

Maria Gadu


Estou apaixonada
A voz mais bonita do mundo!

A loucura e as consequências

Pois é. Neste fim de semana que passou rolou uma situação nada legal. Não vou abrir detalhes deste infortúnio, mas a adrenalina, a loucura e seus objetos fizeram com que eu me queimasse desnecessariamente com uma galera legal.
Fico super chateada quando isso acontece, porque só posso culpar a mim mesma. È que eu sinto uma auto-confiança fudida. Como se tivesse uma capa que me protegesse. Me sinto às vezes intocável. A capa não existe, a máscara caiu. E fechei uma porta que me era cara.

As explicações, as justificativas não anulam o fato.
O fato é que pisei na bola.
Odeio isso. A impotência de não poder reverter uma situação. Já era.
As consequências se aplicaram e agora é viver com isso.

Queria voltar atrás.
Só isso.
Arrependimento é foda!

16 de ago. de 2010

O que fazer?

Vai, me diz.
o que fazer com o embaralho, com o embrulho, o turvo.
Pra onde ir,
me diz.
O que pensar, como entender, o que sentir.
Me mostra, me indica.

Já estou tonta, desorientada.
Vai, me diz.
Acho que não consigo sozinha.
É uma prova, um teste?
Até onde preciso chegar, isso acaba? tem fim?

Fecho os olhos e vejo pontos pretos.
É só o que consigo ver
Tudo é tanto! Quanto!
Fico confusa de tanto tentar ver tudo.

Vai, me diz.
Me mostra

9 de jul. de 2010

Here comes the bride...

The final countdown...
Estou fora do ar até Agosto.

18 de jun. de 2010

Ganja!


ELITE NATIVA SEMPRE...
SAUDADES !

Video La Mafia

Este é um poupourri do show que fizemos no Vitrola!

16 de jun. de 2010

Blasés

Num guento essa galerinha de Londrina que acha que dita o que é legal e o que não.
É um grupinho bem fechado que gosta de tirar os outros e endeusar o que julgam ser "hip". São fechados no que ouvem, vestem, falam. O pior é que esse tipo de "atitude" (hein?) encontra seus discípulos, que seguem, como ovelhinhas,o lobo mau preconceituoso.

A política dessa galera blasé é sabotar os outros. Como? Ignorando. Quer melhor tirada que a indiferença?

Mas pra ter atitude, tem que ter coragem, principalmente pra fazer o que se sabe não ser de fácil aceitação. Fazer o que todo mundo faz é fácil. Copiar, mais fácil ainda.

Falando disso lembrei agora de um episódio clássico que ilustra bem o que estou falando. Em uma das edições do Demo Sul, toquei com o Junkie Bozo (estava tocando baixo na banda) antes da banda principal. O evento tava lotado, mas quando o Junkie começou a tocar alguns "hips" saíram. A banda não era conhecida, não tinha um público fiel, mas eu falo de peito cheio que está pra existir banda em Londrina com letras e riffs tão massa como os que o Cleber (compositor, guitarra e vocal) compõe. Por causa de alguns lobos, o show secou. Ficaram só uns gatos pingados assistindo. E não é que o som era ruim não. Além disso é de se pensar que a galera que está em um Festival tenha interesse em conhecer sons de bandas que nunca ouviu. Prestigiar as locais, enfim, ter a curiosidade de ouvir o nunca ouvido. Mas, ao contrário disso, a galerinha festivalesca demo sulista se afastou, na verdade essa galera só curte o que alguém superior na escala blasélistica recomendou. Funciona assim, uma pirâmide. Alguém de cima diz que pepperoni é bom, e os outros, para serem legais e se sentirem pertencentes ao grupo blasé, saem repetindo e recomendando o pepperoni e jogando no lixo a marguerita, a calabresa etc...

Pior ainda, que neste dia, duas gurias do tipo "groupies" mandavam o dedo do meio pra gente que tava ali tocando. Hãn?
O que será que se passava na cabeça dessas meninas? Só porque elas andavam com uma galerinha que se destacava, imitando o figurino usado pelos personagens do filme Laranja Mecânica, se sentiam por cima? Hãn? Ou será que o gesto é porque queriam que nós soubessemos que elas não estavam curtindo o som? Qual o sentido disso? É direito delas a livre expressão? Tomá no cú! Se eu tivesse visto isso (me disseram que as minas tavam mandando o dedo, eu não vi, tava tocando...) eu teria ido cutucar as gurias e metido aqueles dedinhos delas vc imagina onde. Desaforo!

Enfim, elas e eles e outros e mais outras são parte deste grupo, seleto e fechado de super egos. Gente preconceituosa e medíocre.
Puffffffffffffffff!!!!!!!!

12 de jun. de 2010

Absurdos em Londrina

Ontem rolou um evento, que eu fiz a produção, no Anfiteatro do Zerão.
O Zerão é um um parque no centro da cidade e o anfiteatro é uma arena gigante com capacidade para 8 mil pessoas, ao ar livre. Acontece que a anos o local está abandonado pelo poder público. Nada acontece lá (cadê a Secretaria de Cultura da cidade?), salvo quando iniciativas privadas, como nós, pedem via CMTU para usar o anfiteatro. Para este evento, fui surpreendida com a informação que devido a uma lei x45zz766 (?), há um imposto que deve ser pago para quem deseja utilizar o espaço. Esse "imposto" é calculado por metro quadrado a ser usado, o que me deixou com uma fatura à pagar de R$ 2500.00. Na gana de fazer o evento acontecer, e tinha que ser lá, paguei. O absurdo e o sentimento de revolta veio na manhã do evento. Na verdade eu já sabia que seria assim, mas achei que não me sentiria tão indignada como me senti. Cheguei as 7 da manhã e tive que acordar um grupo de moradores de rua que dormiam no palco. Nada contra eles, moradores de rua, que são vítimas da própria condição da miséria humana, mas o lixo... de todo tipo possível que tava por lá foi foda de recolher. Na "coxia",que fica no canto do palco, tinha um mocó cheio de papelão, que imagino ter sido usado como banheiro. O odor de urina e fezes dava pra sentir por todo lado. Na rampa, que dá acesso ao palco, um cocozão dava bom dia pra gente que, enojado, com ânsia pelo cheiro mau, limpava, jogava água para amenizar o terror que se mostrava tão presente, tão cedo.

Além dessa situação, tivemos que mandar instalar um padrão temporário no local. Isso quer dizer que não há energia suficiente para ligar o equipamento de som, de vídeo, luz, que me parece básico para qualquer espetáculo que se queira mostrar em um teatro. Como lá é um anfiteatro, isso já deveria estar ali. Enfim, tive que contratar um eletricista, pagar para uma autorização que só um engenheiro elétrico pode dar, para que a COPEL (empresa de energia elétrica) pudesse autorizar e liberar os 150 amperes de energia que é necessária para fazer um evento acontecer. Me custou algumas centenas de reais.

Não para por aí, não. No local não há banheiro público, nem privado, nem com catraca, nada. Tive que alugar banheiros químicos, o que também elevou o custo do evento.

Pior disso tudo, é que na autorização emitida pelo órgão público responsável, a CMTU, diz que o contratante, eu, é quem fica responsabilizado pela limpeza do local pós-evento, o que significa que além de ter de limpar o espaço antes, para poder montar o equipamento e ter condições de trabalhar no lugar, tenho que limpar tudo de novo para que os moradores de rua possam usar o imenso e belo espaço como banheiro de novo.

Quer dizer, onde é usado esses R$2500? Porque cobrar uma taxa de uso do lugar, que é público, portanto, meu também. ?

A Secretaria de Cultura, que já viveu momentos significantes (saudades do PT), agora se encontra mais ausente que nunca. Eles quem deveriam pagar para que nós, iniciativa privada, promovessemos eventos em locais públicos, levando cultura, informação e diversão para o cidadão londrinense. Uma vez que esse compromisso não é assumido por secretaria nenhuma, nos deixe, pelo menos, fazer o favor de FAZER USO de um local que está abandonado.

É de perder o sono um absurdo desses.

O que eu faço agora é me informar, recorrer e entrar com uma ação para pedir meu dinheiro de volta. Provavelmente não conseguirei, mas uma boa briga prometo levantar.

5 de jun. de 2010

Cantando com a mafia

Show no Valentino, dia 03/06.
Fotos de Joske.
Foi do caralho.




17 de mai. de 2010

Escândalo

Não vou falar nada sobre o assunto..., não saberia nem como começar, é simplesmente um abuso. Padre foi pego embriagado, com as calças arriadas, estacionado em algum canto, sob a acusação de tentar molestar garotos. E por aí vai. A velha mesma estória de religiosos que se disfarçam sob a batina. Lá, no Blog Idéia Certa, está tudo bem dito, como sempre. O blog é um dos únicos a cobrir de maneira crítica, a esfera política de nossa região. o André escreve muito bem e tem muito conteúdo. Sabe muito. Vive a política. Leia lá tudo sobre o padreco queridinho da elite londrinense, que acabou se dando mal. Adoro quando a máscara deles cai. Eu acho o seguinte: não tá dando pra segurar a libido, larga a batina e vai atrás do que te dá prazer. Agora, se usa a batina, respeite o código. Isso é ter caráter. Link para o blog Ideia Certa

Virada Cultural

Não fui. Tô de mau humor por causa disso. É fudida a iniciativa de fazer uma política pública cultural deste porte. São inúmeros shows, apresentações de teatro, dança, que acontecem em vários locais em São Paulo. Puta que pariu. Não acontece nada aqui em Londrina. É foda. Não existe hoje, nenhuma produtora, nenhuma iniciativa de órgão, ONG ou qualquer instituição/empresa com gana de trazer nada pra cá. Maringá dá um pau em Londrina em questão de shows. O Agent Orange veio ao Brasil e fez show em Maringá, Curitiba, Campinas, Sorocaba e não teve nenhum filho da puta em Londrina pra trazer o show pra cá. Tô revoltada. Com esse lance e comigo mesma. Por permanecer aqui, longe de tanta coisa que gosto. Cravada no meio do mato, em um sítio asfaltado isolada de toda produção cultural do meu país. Me contentando em ver via web. De repente me vem a cabeça a idéia de fazer a tragetória inversa do meu pai, que é paulistano. Mas aí, tem o outro lado da moeda. E é bem isso, da moeda mesmo, do que "realmente importa" e etc etc e tal. Sei mais de nada não. To questionando minhas certezas...

29 de abr. de 2010

happy birthday

have a good one, girl.

she was just seventeen...



and you know what I mean,
and the way she looked was way beyond compare
how could i dance with another
since i saw her standing there

Alice

Amei!

Críticas: Roteiro fraco - hollywoodiano na verdade - ou seja, pro gosto da massa (ei, não me excluo totalmente da massa).

Porém, diálogos fantásticos como quando Alice conversa com o chapeleiro maluco que, por um instante, duvida ser ela a verdadeira Alice:

"- you really don't seem like her. she was muchier.
- but i am much
- no, i dont think you have THAT MUCHINESS."

Demais!

A máxima filosófica do filme, que deveria ser explorada, é a pergunta:
- How far do you wanna go! down the rabbit's hole?

o nó e nós

Percebi que em um casamento, nas reflexões sobre o relacionamento, você precisa da outra pessoa para, além de tantas outras coisas,obviamente, confirmar sua própria existência. Você só é, existe, porque faz parte de um sistema de interelações que são seu mundo. A vida como você conhece.

Você só é aos olhos do outro.

Então, toda cumplicidade que o envolvimento amoroso traz,
as vivências acumuladas e experiências mútuas de crescimento,
são e serão bases importantes para a ligação de pertencimento, de existência.

Nós projetamos no outro a imagem que fazemos de nós mesmos. As vezes somos realmente, as vezes, queremos ser.

E somos, no fim, narcisistas pra caralho.

20 de abr. de 2010

Paixão!

Ela tem quatro anos e esta apaixonada.
E não é bem assim que a gente fica?
Poor little one!

Aprile!

Em Abril tudo muda. Já não estamos no começo de ano, porém ainda não estamos na metade dele. O clima é preciso, sempre o mesmo. Passou dia primeiro, esfria. O céu fica mais azul e mais estável. O sol é bem-vindo nas manhãs, assim como a lã e a bebida quente combinam com a noite. Em Abril não chove. Sem dúvida o melhor mês do ano. Abril é inspirador. Tem feriado no meio da semana (domani), festa de aniversário no final e pra acabar duas das datas mais importantes. E aí vem Maio. Que venga! E quando percebemos já estamos nos preparando para o Natal/Ano Novo. A percepção de tempo muda incrivelmente ao longo dos anos. Me assusta pensar como serão os próximos 20 anos. Passará rápido demais? Só sei que o que vale é o aqui e agora. Faça hoje o que sempre quis fazer. Comece a ser hoje o que que ser da vida (mesmo que ainda seja um ensaio). Não há tempo para indecisões, o que ta acontecendo agora é tudo. Não dá pra ficar esperando as coisas acontecerem para ser feliz. Ser grato com o que tem. Muito provavelmente que deve bastar.

26 de mar. de 2010

la la la

... what I need is a big strong man
to lift me to a higher ground...

ontem foi bom, La Mafia tocou no Vitrola.
amigos queridos presentes: Julie, Bia, Luana, Alê, Macaco, Gueguinho, meninas e meninos que curtiram com a gente.
fiquei feliz, na verdade, tô bem mais feliz.

... make me feel like a queen on a throne
make him love you till you can't come down...

23 de mar. de 2010

when the blues comes to you

well, it strikes you like a tsunami on a sunny day you think you have all under control and find out nothing is really ok in summer you are shiny and bright fall comes and clouds take over you were on top of the wave now you fall in disgrace no one can do anything, because they're all busy coping with their own misery but the real special ones, they just hand you more loads to carry cause when the blues comes to you you better be ready for it for he's a mean guest who might not want to leave to be continued...

13 de mar. de 2010

A inveja

É. Ela está em quem só te conhece de vista, em quem te cumprimenta e te parabeniza, em quem está perto, bem perto de você. Homem, mulher. O medo de perder espaço, de dividir atenção, da comparação. Essa insegurança tem como cria, a inveja. Ela surge das suas escolhas, do seu gosto, da cor do seu cabelo, do palco, da roupa, da sua profissão, do jeito que vc é, do parceiro que tem, do relacionamento que vc tem com outros, da auto-confiança, enfim, de tudo. Aquilo que é valorizado, é também invejado. É a admiração inversa. E é tão feio, porque quem sente inveja não percebe que ela é sim, detectável. Tem cheiro, cor, forma e dá pra ver, facilmente. E o pior são as razões pelas quais as pessoas te fecham a porta, te negam algum pedido simples, inventam e reinventam razões para o "não" quando, na verdade, o "sim" só não é concedido porque elas sentem inveja. "Ela tem tudo... então eu vou negar aquilo que ela quer" parece ser o pensamento do invejoso. A pessoa acha que vc tem tudo, que sua vida é maravilhosa quando voce perece com toda dor que cabe nesta existencia complicada, em meio a uma sociedade, muitas vezes, impossível. Então, só para concluir essa reflexão, não adianta sentir inveja e fechar uma porta da pessoa invejável. Quem é, é. E será, sempre. Independentemente de qualquer coisa. Não adianta. O sol vai brilhar sempre. E tem mais. Tem muito mais a ser dito sobre isso, mas eu paro por aqui. O sol ta estupendo, vou dar um mergulho e curtir a brisa. Inté

1 de mar. de 2010

A (as vezes) insuportável tarefa de conviver

É dificil. Pode piorar.
As vezes parece impossível.
Dá vontade de estrangular.
De sair de perto, de sumir e nunca mais ter que encontrar.
Seria bom, nunca mais.
A carência é a vilã.
O ato que se mostra insuportavel vem de uma carência que se transforma
em uma atitude desnecessária, pesante.
E não adianta suprir carência com bicho não.
Todo mundo precisa, de vez enquando, um abraço bem apertado, um beijo molhado na boca e uma boa e longa foda.
Cachorro não proporciona isso.
Ou será...?

Rock and Roll all night!



1984. Ano de Rock and Rio. Queen, B52s, e eu dublando a Nina Hagen no playground do prédio. Vale apresentar a banda: à minha esquerda, no baixo, Fabio. Na guitarra, Marcelo. No fundo nos teclados a Juliana. Na batera, bem, acho que nem tinha bateria.

Bons tempos. Eu tava sempre inventando alguma.

Desde pequena... o rock é foda!

Yeah!!!!!

28 de fev. de 2010

Troque seu cachorro por uma criança pobre

Pessoas estão perdendo o bom senso. Cachorro não é ser humano.
Ponto.
Fico angustiada em ver que cada vez mais pessoas têm os bichinhos como muleta emocional. Projetam no "coitado" do cachorro suas frustrações, desejos e neuroses.

Tem gente que cozinha para o cachorro. Outros investem em roupas e eu já vi até sapato ou proteção para a pata. Tem academia de ginástica, psicologo. Alguns chegam ao ridiculo de celebrar o aniversario do bicho com festa.

Coitado do bicho.

Cachorro é cachorro. Tem que viver em lugar onde tem terra, mato. Caçar, enterrar ossos, fazer o que cachorro faz.

Tem neguinho aí que põe nome de gente me cachorro, não sai de casa porque o cachorro não pode ficar sozinho. Instala ar condicionado na casa para os fofinhos peludinhos não sentirem calor. São tantos exemplos de estupidez que meu estômago já está embrulhado.

Libertem os peludinhos fofinhos de seus donos imbecis. Cachorro não é gente.
Ponto.

17 de fev. de 2010

eu gosto de samba

Carnaval de chuva, retiro e algum samba. Samba esse que é a síntese musical da miscigenação de etnias indigenas, africanas e europeias e que so aqui no Brasil deu no que deu.
Eu gosto de samba. Não to falando de samba enredo não.
Quem não gosta de samba, bom sujeito não é.

Quarta feira de cinzas é necessária. Pra baixar a poeira, curar a ressaca, digerir os acontecimentos, entender.

Assisti a um documentario sobre Jackson do Pandeiro, outro sobre Adoniran Barbosa. É... ouvindo os grandes você se dá conta de que muito do que se faz hoje soa pequeno. Ainda nos meus discos: Pixinguinha, Cartola, Noel Rosa, João Nogueira.
Aí, vc conecta a televisão e estão cobrindo o carnaval na Bahia e, para desespero auditivo gente como Claudia Leite, Jamil e uma noites e outros do tipo "pérolas criativas" que transformam o que é pra ser poético, visceral e artesanal em um som industrial, cheio de fórmulas e pobre em poesia. Puta que pariu. E o pior é ver um monte de imbecil pulando ao redor da merda. E pagando caro por isso. Tomando cerveja quente, tentando se mexer, apertado como sardinha em lata, e acenando para a camera que vai mostrar repetidamente os shows das "grandes estrelas" de hoje em dia. É... o tempo dos titãs já passou.

Mas eu gosto de samba. Gosto sim. O samba de verdade. O samba que se fazia.

26 de jan. de 2010

2010!

Já se passaram 25 dias deste ano e nada de postagens minhas.
Desde a volta do paraíso tenho estado em um frenezi louco para colocar a vida em ordem. Até que estou me dando bem.
O mundo continua, as tragédias (Haiti) acontecem e caminhamos com passos de formiguinha em direção desvirtuada.
Pensei outro dia sobre estar pronta para o vácuo, para o nada. para o fim.
Talvez já seja hora, ou não?
Como tudo isso vai acabar?
Até onde teremos que chegar?
Não sei não, mas não vejo motivos absolutos para continuar. Acho que ninguém vê.
Me convençam do contrário, se puderem.
Quem eu admiro e respeito, incontáveis pensadores, escritores, poetas, também não vêem.
É.
Amanhã vou dar mais uma espiadinha no paraíso para depois despencar com as duas plantas do pé no terreno do trabalho àrduo, estressante, mas que faz muita coisa que eu gosto ser possível.
Só segunda que vem. Vou dar o último suspiro do ano.
Decidi. Vou me aposentar em 10 anos.
Vou viver minha idéia de paraíso aqui mesmo, um pouco mais ao Norte e um pouco mais ao Leste.