16 de jun. de 2011

Adorei este blog

Adorei o blog da jornalista Denise Molinaro
http://www.denisemolinaro.blogspot.com/

Este post é tudo que eu queria dizer, mas tive preguiça de escrever.

"A sociedade precisa de regras. O que eu sinto é que este Brasil está cada dia mais zona, mais casa da Mãe Joana.

Esta segunda, famílias sem-teto ocuparam prédios abandonados no centro de São Paulo, participaram da ação cerca de 2.000 pessoas despejadas de suas casas nos últimos meses e moradores de favelas sob ameaça de remoção.

O povo desabrigado acha que pode tudo, acha que já que a "vida" o castigou, então ele pode castigar terceiros. Esse não é o caminho.

Não é porque o imóvel está desocupado que pode ser transformado em moradia popular. Um lugar vazio, não significa necessariamente que é abandonado.

Eles não podem exigir que o Estado doe nada já que pertence a alguém. Não é segredo que os projetos habitacionais do governo não dão conta da população desabrigada, mas essas pessoas precisam aceitar que tudo deve ser feito dentro da regra.

Lugares abandonados podem acolher famílias que perderam casas em enchentes e demais desastres naturais, desde que os órgãos competentes confirmem se realmente estes espaços estão aptos para habitação.

É inadmissível que alguém chegue de mala e cuia com uma família que se aproxima a uma dezena de pessoas e coloque seus pertences num apartamento de um dos prédios do centro de São Paulo. Que falta de noção é essa, apoiada por militantes amadores ávidos por confusão?

Ou seria muita falta de noção minha querer que essas pessoas tenham alguma noção?

Não é bem assim. Tem gente que não tem R$ 1,00 no bolso, que não vai atrás de emprego, que quando consegue finalmente uma oportunidade para mostrar a que veio, larga na sequência porque não gostou, porque “não era aquilo”.

A grosso modo: você gostaria de sair de férias por 3 meses e quando voltasse à sua residência encontrasse ali uma família de sem-teto ocupando teu sofá?

Não podemos deixar que a pena passe por cima das regras, do que pode e o que não é permitido de forma alguma.

O brasileiro, principalmente a parte mais desprovida da nação, usa da própria desgraça para causar comoção.

Realmente deve ser terrivel ser pai de familia sem emprego e sem casa e não ter onde acomodar decentemente os cinco filhos, mas, cadê a sanidade? Por que chegou ao número 5? Filho dá trabalho, é caro ( tem médico, roupa, escola, comida, material, remédio, lazer e etc) e quem não pode, não deve ter.

A sociedade miserável aproveita-se da piedade da sociedade não miserável.

Nós nao podemos ter pena de quem fez e faz sempre tudo errado, porque embora falte estrutura e educação, com o erro cometido, deve-se aprender.

Me incomoda muito o fato de casais com poucos recursos procriarem a todo o momento, com aquele ditado imbecil na boca a todo tempo: "onde comem 3, comem 4". Comem o que? Se nem para 1 as refeições disponíveis na casa dão conta?

Nós devemos parar com essa coisa de jogar a culpa na ignorância. Eu fiquei absolutamente passada em saber q a empregada de um amigo, grávida de poucos meses de um cara que saiu 2 ou 3 vezes, tem um BlackBerry.

Atrás do celular ela foi, mas ir até o posto de saúde pegar preservativo e contraceptivo DE GRAÇA ela não foi.

Desculpa, mas ela não pode ter nada que não possa sustentar, ainda que seja um sonho de consumo. Tem um celular super hiper e não paga aluguel há 6 meses. Daí quando for despejada, coloca um colchão em cima do celular pra chorar os “pobrema”.

Eu também quero minha Cayenne na garagem, mas não posso, então não tenho e ponto final.

Enfim, não concordo com a forma arruaceira que estes militantes agem a fim de resolver os problemas sociais. O mundo tem um sistema, ou você está dentro ele, ou você está fora e para isso não há um meio termo."

10 de jun. de 2011

viver é bom

leio meus post e fico de cara com o pessimismo intrínseco em quase tudo que escrevo,
é, de fato, difícil fazer parte desta putaria de mundo.
mas, há também ternura, beleza e benevolência.
a experiência de crescer e descobrir o mundo é surpreendente,
a gente é que perde o interesse em descobrir mais.
acreditamos ter a quantidade de ferramentas suficientes para conseguir sobreviver
em nosso pequeno mundo vicinal.
com o passar do tempo, perdemos a vontade, a curiosidade.
muitos se enquadram e vestem, sem ajustes, a máscara adulta e sem graça
máscara que aqueles que já a carregam há algum tempo, esperam ansiosamente
que você também sinta o mesmo suplício.

adorei escutar outro dia a mãe falando da filha, porque ela dizia assim:
"ela tem 40 anos e vive assim, como se fosse adolescente. não casou, não tem namorado, não quer ter filhos, vive viajando, não cria raízes, e, agora inventa moda de fazer curso de piano, curso de fotografia, curso de paraquedismo. não criou  juízo. quando está em casa gosta de ficar assistindo documentários malucos, sem pé nem cabeça, de artistas que ela diz serem de vanguarda. eu acho essa menina meio esquisita."

é, enquanto isso a mãe se entope de angústias que não a deixam simplesmente ser. corre atrás de uma beleza juvenil irrecuperável, se preocupa com colesterol, dieta, exercícios e yoga. comprou o pacote completo de como você deve ser e viver. gosta de ouvir as mesmas coisas sempre e tem medo do novo.
tem medo da vida, das sensações da vida.

viver é bom, mas só é bom de verdade quando você se desafia
e mantém o espírito curioso, aceso, querendo experimentar cada vez mais de tudo
que a vida pode te proporcionar.