23 de ago. de 2010

Praga



"Eles só estavam esperando anoitecer
e eu ali no topo da cidade, pronta pra me defender.
Já podia escutá-los.
Petrificados, adornando os edificios,
Carregando seu destino ao longo do séculos.

Diz a lenda que eles foram amaldiçoados.
Que têm um quê de triste, de desespero.
Quando cai a noite saem ... buscam ...
Eu vou ficar no topo. Vou esperá-los.
Não tenho medo.

Já se passaram algumas horas e percebi que havia estado lá tempo demais.
Acho que os intimidei.
Cansei de esperá-los, vou dormir.
Quando tentei abrir a porta de acesso ao edifício, estava trancada.
O interfone de comunicação com a portaria não funcionava.
Pronto! São eles... Vou passar a noite no topo, eles vão me pegar... me levar para a escuridão...
Medo, desespero.

Alguém passava e me ouviu bater na porta. Chamaram a recepção e consegui entrar.

Fechei a cortina do quarto e me cobri.
Ainda podia senti-los, lá fora, aquele ruído ... "



Yo no creo en brujas
Pero que las hay, las hay.

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