23 de nov. de 2010

vida x morte

o momento é inoportuno.
a vida é ... sempre ...
mas este poema da Luana Vignon é du caralho...

Eu quero que chova

Eu imagino a morte como uma goteira

porque a ausência é um barulho

que demora a cessar

e não seca

Eu quero que sempre chova

nos dias tristes

porque eu gosto de emoldurar algumas emoções

como aquele amigo entrando na sala

com uma capa de chuva

molhando todo chão

que eu acabei de secar

(cumplicidade é quando um olhar não existe sem o outro)

Eu imagino a morte como uma goteira

porque mesmo depois que a chuva passa

a gente se lembra dela

e os guarda-chuvas são inúteis

e a dor é um tanto pequena

mas é constante

o contrário da cumplicidade é o esquecimento

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