19 de jun. de 2009

Vinte e poucos anos

Ontem encontrei o Sidão. A gente era da turminha que tava sempre junta. Eu e Jr, ele e Adi. E ontem lembramos das noitadas que passávamos tomando uma garrafa de gin, dando um rolê e queimando do grosso. Era quase todo dia. Eu tinha 19, quase 20. Bar Beco era o refúgio, o nosso lugar. Íamos todo dia e eu morava a um quarteirão do bar (nada boba). O Elite Nativa bombava na cidade tocando em tudo quanto era lugar, vários shows no RU (aquele na JK). Era tudo muito intenso. Eu estava muito, mas muito feliz com toda a nova gama de perspectivas e idéias que conhecia e surgia cada dia. Ontem lembramos de tanta coisa...
E me dei conta que essa nostalgia, essa paixão e prontidão não volta mais. A cada dia, nossas paixões e sonhos são esmagados um pouco mais. Li meu ultimo post e me assustei. Estou me tornando uma pessoa amargurada e intolerante e isso é proporcional ao quanto da vida você já experimentou. Mas quero, quero muito ter pelo menos uma chama de paixão, entusiasmo pelas coisas da vida, pelas pessoas. Aquela fogueira que tinha aos 20 anos, sei bem que ela diminui com o tempo, mas não quero que ela se extigua por completo. Quero uma fina e cansada chama, que seja, mas que ainda resiste e faz tudo valer a pena.

"hay que endurecer,
pero perder la ternura, jamas".

A frase de Che sintetiza tudo isso.
E eu digo: Envelhecer é uma bosta.

Nenhum comentário: