o momento é inoportuno.
a vida é ... sempre ...
mas este poema da Luana Vignon é du caralho...
Eu quero que chova
Eu imagino a morte como uma goteira
porque a ausência é um barulho
que demora a cessar
e não seca
Eu quero que sempre chova
nos dias tristes
porque eu gosto de emoldurar algumas emoções
como aquele amigo entrando na sala
com uma capa de chuva
molhando todo chão
que eu acabei de secar
(cumplicidade é quando um olhar não existe sem o outro)
Eu imagino a morte como uma goteira
porque mesmo depois que a chuva passa
a gente se lembra dela
e os guarda-chuvas são inúteis
e a dor é um tanto pequena
mas é constante
o contrário da cumplicidade é o esquecimento
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