Carnaval de chuva, retiro e algum samba. Samba esse que é a síntese musical da miscigenação de etnias indigenas, africanas e europeias e que so aqui no Brasil deu no que deu.
Eu gosto de samba. Não to falando de samba enredo não.
Quem não gosta de samba, bom sujeito não é.
Quarta feira de cinzas é necessária. Pra baixar a poeira, curar a ressaca, digerir os acontecimentos, entender.
Assisti a um documentario sobre Jackson do Pandeiro, outro sobre Adoniran Barbosa. É... ouvindo os grandes você se dá conta de que muito do que se faz hoje soa pequeno. Ainda nos meus discos: Pixinguinha, Cartola, Noel Rosa, João Nogueira.
Aí, vc conecta a televisão e estão cobrindo o carnaval na Bahia e, para desespero auditivo gente como Claudia Leite, Jamil e uma noites e outros do tipo "pérolas criativas" que transformam o que é pra ser poético, visceral e artesanal em um som industrial, cheio de fórmulas e pobre em poesia. Puta que pariu. E o pior é ver um monte de imbecil pulando ao redor da merda. E pagando caro por isso. Tomando cerveja quente, tentando se mexer, apertado como sardinha em lata, e acenando para a camera que vai mostrar repetidamente os shows das "grandes estrelas" de hoje em dia. É... o tempo dos titãs já passou.
Mas eu gosto de samba. Gosto sim. O samba de verdade. O samba que se fazia.
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